sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Trabalho de campo em Bragança e Ilha do Marajó, com alunos de 8ª série do colégio São Paulo.








Súplica à Mãe Natureza

Perdoa-nos, oh! Mãe Natureza,
somos bilhões de irmãos,
que gravitam contigo no espaço,
perdoa nossa insensatez extrema. Muitos de nós não Te entendemos,
Te desrespeita,
Te explora mal,
Te exaure,
não percebe a própria destruição,
esgotando teus mananciais de vida.
Em nome dos teus filhos conscientes,
da gravidade dessa agressão,
apelamos ao teu coração de Mãe,
para uma urgente regeneração.
Perdoa a insensatez do ser “racional”
que ainda não compreende a vida,
que Te fere de morte,
como se de Ti em nada dependesse.
Racional que pensa ser,
o humano filho se sente seguro,
desprezando seu próprio futuro,
na grave questão de (sobre) viver.
“Mãe” querida, de vida renovável,
que o homem pensa inesgotável,
renova-se quando respeitada,
esgota-se quando maltratada.
Não queremos Tua “morte”
que nossa será também,
a súplica é pra mais uma chance,
de transformarmos nossa sorte.
Continuando esta súplica,
peço a Ti perdão:
por algum lixo jogado à rua,
pelo desperdício de água e energia,
por alguma árvore cortada,
e também por aquela que não plantei,
por algum animal que matei,
e pelos cigarros que fumei.
Secas, chuvas, calor ou frio,
desordenados e em excesso,
demonstram claramente perante Ti,
nosso inconsequente desrespeito,
por sua autoridade, diante do “progresso.”
“Mãe Natureza”
Tu ainda és Bela,
Magnífica,
Desconhecida,
Não queremos acelerar tua “velhice”
Nem forçar tua/nossa morte precoce.
Nos julgamos sábios, únicos no Universo,
e afrontamos tuas perfeitas leis,
desenvolvendo artefatos apocalípticos,
provamos nossa imensa pequenez.
Salve “Mãe Natureza”,
do Teu Ventre saímos,
No Teu Seio ainda vivemos,
acomodados em Teu imenso amor.


de Saulo Dias

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